OGE chumbado no PN, FRETILIN diz que CNRT agiu de forma irresponsável

O Vice-Chefe da Bancada do partido Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (FRETILIN), Francisco Miranda Branco, disse na passada terça-feira (21/01) que a decisão tomada pela bancada do Congresso Nacional da Reconstrução de Timor (CNRT) de se abster e votar, na generalidade, contra a proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2020 foi arrogante e irresponsável, não demonstrando consideração pela vida das pessoas e pelo próprio Estado.
Para Francisco Miranda Branco, o conflito interno que existe no seio da coligação governativa demonstra que os deputados não estão preocupados com o rumo que o país atravessa. Lembrou, deste modo, que o Executivo se viu na obrigação de usar o regime em duodécimos para sustentar a máquina do Estado.
“Esta é uma repetição da experiência que foi vivida em 2017, quando a oposição liderada pelo CNRT votou contra o programa apresentado pelo VII Governo Constitucional. Fomos, assim, obrigados a viver com o sistema duodecimal”, referiu o político da FRETILIN, em declarações aos jornalistas do GMN, no Parlamento Nacional (PN).
O deputado sugeriu, como tal, aos partidos que integram a atual coligação que pusessem termo aos problemas internos para não prejudicar o OGE, lembrando que o seu chumbo trará consequências nefastas para economia do país e a vida da população.
“Esta situação provoca um impacto negativo para o desenvolvimento nacional, pois sabemos que uma das fontes importantes do orçamento é justamente o OGE. O nosso setor privado ainda não possui capacidade financeira para fazer crescer a economia do país, visto que está dependente de uma única fonte, o OGE”, afirmou.
Em relação à questão, o GMN tentou obter mais informações junto da bancada do CNRT, mas sem sucesso.
Recorde-se que o Primeiro-Ministro (PM), Taur Matan Ruak, tinha antes afirmado que “a coligação do Governo já não existe”, depois de os próprios deputados do CNRT se terem abstido e votado contra a proposta do OGE, sublinhando, no entanto, que continuaria a desempenhar as funções de PM até à criação de um novo Governo. (ety)
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